Na última quarta-feira, a senadora Mara Gabrilli (PSD-SP) apresentou um relatório detalhando sua análise sobre o programa à Comissão de Esporte (CEsp). Apesar do impacto positivo já observado, a senadora enfatizou a necessidade urgente de melhorias, como a disponibilidade de transporte acessível e infraestrutura adequada para a prática esportiva. ParaGabrilli, o esporte e a educação são ferramentas cruciais para promover a inclusão social.
O relatório, que foi aprovado por unanimidade pela comissão, também celebra os avanços do Brasil nas Paralimpíadas, destacando os recordes de medalhas conquistadas na última edição em Paris, programada para 2024. Nesse contexto, a senadora e o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, José Antônio Freire, que é cego, reforçaram a importância do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, como um momento de luta pelos direitos dos deficientes, abrangendo áreas como saúde, educação e esporte.
Atualmente, o programa conta com 10 unidades operacionais, com planos para expandir para mais quatro, buscando alcançar pelo menos uma unidade em cada estado brasileiro. O público-alvo inclui pessoas com diferentes tipos de deficiência, abrangendo idades que variam de 4 a 65 anos. A estrutura em rede do programa, sob a gestão da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), combina ensino, pesquisa e extensão, formando um modelo de desenvolvimento para o esporte inclusivo.
Entretanto, a senadora destacou que o programa enfrenta desafios essenciais, como a acessibilidade no transporte e os recursos financeiros disponíveis para seu funcionamento. Gabrilli apontou que, desde 2014, a legislação brasileira exige a acessibilidade em todo sistema de transporte nacional, mas muitos obstáculos ainda persistem.
Assim, recomendações foram feitas, incluindo a articulação com programas de transporte escolar e acessível, bem como a capacitação constante das equipes de execução local. Além disso, a senadora enfatizou a importância de aumentar a participação feminina no programa, que atualmente está em 31%, bem abaixo da meta de 50%.
A presidenta da CEsp, senadora Leila Barros (PDT-DF), ressaltou que essa avaliação do programa é fundamental para promovê-lo de forma transparente e responsável. Segundo ela, com os devidos investimentos e apoio político, o programa tem potencial para gerar um impacto muito maior na vida das pessoas com deficiência no Brasil. O relatório seguirá para a Presidência da República, incluindo sugestões para a criação de diretrizes específicas que garantam o acesso logístico e o transporte adaptado para os beneficiários.









