SENADO FEDERAL – Preso por atos de 8 de janeiro, homem morre em presídio da Papuda; Senadores prestam homenagem em sessão plenária

Senadores presentes na sessão plenária desta segunda-feira (20) prestaram homenagem a Cleriston Pereira da Cunha, preso em Brasília pelos atos de 8 de janeiro. Cleriston morreu na manhã desta segunda-feira no presídio da Papuda. Ele tinha 46 anos e deixa companheira e duas filhas. Era residente do Distrito Federal.

A homenagem foi requerida pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE) e concedida pelo senador Jorge Seif (PL-SC), que presidia a sessão no momento. Segundo Girão, Cleriston não teria participado dos ataques aos prédios públicos e já contaria com um pedido de soltura da Procuradoria-Geral da República desde o dia 1º de setembro.

— Parece que veio se abrigar quando começou o quebra-quebra. Bomba para lá, bomba para cá, ele se abrigou e estava há dez meses preso, então, é a mão de autoridades importantes sendo suja de sangue. Nós tivemos uma vítima, a primeira vítima fatal do dia 8 de janeiro — disse Girão.

O senador destacou a importância de esclarecer as circunstâncias que levaram à morte de Cleriston. Ele ressaltou que o falecimento do preso evidencia a necessidade de celeridade no julgamento de casos como o dele, para evitar que injustiças sejam cometidas.

A morte de Cleriston reacendeu o debate sobre a atuação policial durante os protestos de 8 de janeiro, que resultaram em violência e atos de vandalismo. O caso também levanta questionamentos sobre a seletividade do sistema de justiça e a garantia dos direitos individuais dos envolvidos.

A Procuradoria-Geral da República já havia manifestado preocupação com a situação de Cleriston, ao solicitar sua soltura. A morte do preso joga luz sobre a atuação do Ministério Público e a importância de garantir a efetiva proteção dos direitos humanos e individuais, especialmente em momentos de crise e conflito social.

Espera-se que o caso de Cleriston Pereira da Cunha seja investigado a fundo, a fim de esclarecer as circunstâncias que levaram à sua morte e garantir que situações semelhantes não se repitam no futuro. O debate em torno do caso também ressalta a necessidade de reflexão sobre a segurança em eventos de grande aglomeração e manifestação, para que tragédias como essa sejam evitadas.

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