Em seu discurso de abertura, o presidente do Senado enfatizou a necessidade de os Parlamentos se comprometerem com a implementação dos objetivos de desenvolvimento sustentável e a promoção da igualdade. Pacheco ressaltou que a discussão sobre o combate à fome e às desigualdades deve estar alinhada com as questões de desenvolvimento sustentável, transição energética e mudanças climáticas. Ele pontuou que nenhum país poderá resolver esses problemas sozinho, sendo fundamental a busca por soluções conjuntas.
Além disso, o presidente do Senado alertou para a grave situação da insegurança alimentar aguda, que atingiu cerca de 21,5% da população mundial em 2023, de acordo com dados da FAO. Para Pacheco, é imprescindível superar os desafios políticos, econômicos e ambientais que limitam a inclusão alimentar e nutricional, bem como aprimorar os processos decisórios das instituições internacionais.
Já o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, destacou a responsabilidade dos países do G20, que representam mais de 85% da riqueza global, em apresentar soluções para questões como a fome, a pobreza e a desigualdade, além de liderar discussões sobre a transição energética e a reforma da governança global. Lira mencionou medidas adotadas pelo Brasil para enfrentar a crise climática, como a regulamentação do mercado de carbono e a implementação do Fundo Verde do Programa de Aceleração da Transição Energética.
Os debates do P20 continuarão até sexta-feira, abordando temas como a contribuição dos parlamentos no combate à fome, à pobreza e à desigualdade, o papel dos parlamentos na crise ambiental e sustentabilidade, e a construção de uma governança global adaptada aos desafios do século 21. Com a participação de representantes de diversos países e organizações internacionais, a cúpula tem como objetivo promover o diálogo e a cooperação para enfrentar os desafios globais atuais.
A sessão de debates de hoje contará com a presença dos presidentes do Senado e da Câmara, e os trabalhos serão encerrados na sexta-feira com discussões sobre a atuação dos parlamentos na construção de uma governança global adaptada aos desafios contemporâneos. A cúpula é vista como uma oportunidade para definir propostas e ações concretas que contribuam para um mundo mais justo e sustentável, com combate efetivo às desigualdades e à fome.