SENADO FEDERAL – Presidente do Senado espera votar pacote de corte de gastos antes do recesso parlamentar no Congresso Nacional. Medidas devem gerar economia de R$ 70 bilhões.

O pacote de corte de gastos proposto pelo Poder Executivo está prestes a ser votado pelas duas casas do Congresso Nacional antes do recesso parlamentar, que está marcado para o dia 22 de dezembro. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, conduziu uma reunião nesta quinta-feira (28) entre os líderes partidários e os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, onde discutiram os próximos passos em relação às medidas econômicas.

De acordo com Pacheco, após o encontro, ele expressou sua aprovação às medidas apresentadas pelo ministro Haddad e se comprometeu a encaminhar a votação diretamente ao Plenário do Senado assim que a Câmara dos Deputados concluir sua apreciação. A expectativa é que as medidas sejam aprovadas ainda este ano, antes do recesso parlamentar.

O pacote de corte de gastos foi divulgado pelo ministro Haddad em um pronunciamento em rede nacional na quarta-feira (27). Segundo ele, as medidas propostas têm o potencial de gerar uma economia de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos. O conjunto de medidas abrange diversas áreas, desde limitações no crescimento do salário-mínimo até mudanças nos programas sociais e nos benefícios para as Forças Armadas.

Durante a reunião no Senado, o ministro Haddad e o ministro Alexandre Padilha demonstraram otimismo em relação à receptividade das propostas pelos líderes partidários. Eles afirmaram que as medidas visam consolidar o marco fiscal aprovado pelo Congresso Nacional e melhorar a execução orçamentária no próximo ano.

As propostas também envolvem mudanças na isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês, com a contrapartida de uma taxação maior para quem tem rendimentos acima de R$ 50 mil mensais. No entanto, a reforma tributária sobre a renda só deverá ser votada pelo Congresso Nacional em 2025, após um amplo debate com a sociedade.

A repercussão das medidas tem dividido opiniões entre os parlamentares. Enquanto alguns defendem as medidas como uma forma de racionalizar os gastos públicos e melhorar a eficiência, outros acreditam que as mudanças prejudicarão os mais pobres e representam um rombo nas contas públicas.

Diante das diferentes visões sobre o pacote de corte de gastos e a reforma tributária, a expectativa é de um intenso debate no Congresso Nacional nas próximas semanas. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, reforçou a importância do esforço concentrado e da entrega de resultados para a aprovação das medidas antes do recesso parlamentar. Acompanharemos de perto os desdobramentos dessas discussões e as decisões que impactarão a economia do país.

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