O pronunciamento de Alcolumbre ocorreu em resposta às recentes críticas sobre o processo de tramitação da indicação de Jorge Messias, advogado-geral da União, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele sublinhou que todas as ações realizadas seguiam os ritos estabelecidos e que a definição do calendário de sabatina compreendia um processo claro e adequado.
“É inacreditável a capacidade das pessoas de distorcerem informações sobre decisões que são institucionais e que envolvem a liderança de um Poder”, declarou Alcolumbre, ressaltando que não houve tentativa de suprimir as prerrogativas do presidente da República, que mantém a autoridade de realizar as indicações, enquanto cabe ao Senado a tarefa de sabatinar e ratificar ou não essas escolhas.
Com um olhar atento às críticas sobre supostos atrasos na sabatina, Davi Alcolumbre afirmou que trabalhou em conjunto com o presidente da CCJ, Otto Alencar, para estabelecer um cronograma que pudesse atender a demanda sem atropelos ou injustificáveis distorções. Ele destacou a responsabilidade da Casa em manter um processo transparente e respeitoso, que não ceda a pressões externas.
Além disso, o presidente do Senado fez questão de lembrar do papel do Legislativo durante a transição do governo em 2023. Ele mencionou que o Congresso aprovou a chamada PEC da Transição em apenas 25 dias, um feito que, segundo ele, demonstrou a capacidade do Parlamento de garantir ao novo governo condições de funcionamento eficazes. “Nunca na história houve um Parlamento que, em apenas 25 dias, assegurasse condições desse tipo ao novo governo”, enfatizou.
Ao abordar o tema dos vetos da Presidência da República, Alcolumbre defendeu sua atuação ao pautar as votações, afirmando que suas decisões eram motivadas pelo cumprimento do regimento. “Quando busquei construir consenso, poucos se lembraram disso”, destacou, ressaltando que todos aqueles que apoiam a derrubada ou manutenção dos vetos deveriam participar ativamente da votação.
Por fim, Davi Alcolumbre reafirmou seu compromisso com o diálogo e a pacificação no ambiente político, deixando claro sua disposição em proteger a legitimidade do voto popular e assegurar a autonomia do Poder Legislativo. “Busco a moderação e o diálogo institucional, e aqueles que tentarem infringir as prerrogativas do Senado encontrarão um presidente disposto a defender o que é justo”, concluiu, reiterando seu papel como garantidor da igualdade entre os estados da federação.









