SENADO FEDERAL – Presidente da Conafer é preso após mentir à CPMI do INSS durante depoimento sobre fraudes nos descontos de aposentados e irregularidades na entidade.

Na madrugada desta terça-feira (30), Carlos Roberto Ferreira Lopes, presidente da Conafer, foi detido em flagrante enquanto prestava depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS. Durante sua oitiva, Lopes negou qualquer envolvimento em fraudes relacionadas aos descontos de aposentados. No entanto, ele admitiu não conhecer os detalhes de operações de pessoas e empresas vinculadas à sua entidade, que estão sendo investigadas por irregularidades.

O senador Carlos Viana, presidente da CPMI, declarou que Lopes mentiu ao colegiado, desafiando seu compromisso de dizer a verdade. Em suas declarações, Viana afirmou que o presidente da Conafer tentou esconder informações e persuadir os membros da comissão de que os procedimentos eram regulares. Essa conduta levou à consideração de que Lopes cometeu o crime de falsidade ideológica.

O pedido de prisão foi solicitado pelo deputado Marcel Van Hattem, que argumentou que Lopes praticou o crime de falso testemunho em pelo menos quatro momentos distintos durante sua declaração. Em função disso, o relator da CPMI informou que solicitaria a prisão preventiva do presidente da Conafer ainda nesta terça-feira.

Viana enfatizou a gravidade da situação, manifestando o sentimento de indignação da população quanto à impunidade. Ele ressaltou em sua fala: “Sei que nossa voz de prisão se repetirá, a pessoa será ouvida e liberada, mas há um grito na garganta de todos os brasileiros em relação a essa impunidade. O senhor está preso em nome dos aposentados, viúvas e órfãos do Brasil, e aqui quem mente paga o preço”. Essa afirmação reflete a crescente insatisfação da sociedade com práticas fraudulentas que afetam a dignidade e os direitos dos cidadãos, especialmente os mais vulneráveis, como os aposentados.

A detenção de Lopes surge em um contexto de intensificação das investigações sobre fraudes no sistema previdenciário, revelando não apenas a necessidade de responsabilização, mas também a urgência de ações efetivas para proteger os direitos dos aposentados no Brasil.

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