SENADO FEDERAL – Política de prevenção e priorização da saúde primária são defendidas por senadores durante audiência com a ministra da Saúde.

Priorizar a saúde primária, investir na prevenção e acelerar as cirurgias eletivas foram os principais pontos defendidos pelos senadores durante uma audiência pública com a ministra da Saúde, Nísia Trindade. O debate, promovido pelas comissões de Assuntos Sociais (CAS) e Direitos Humanos (CDH), também abordou temas como a legalização do aborto e a descriminalização das drogas.

Durante a audiência, que durou quatro horas, a ministra enfatizou a importância de fortalecer a atenção primária, expandir a assistência especializada e preparar o país para emergências sanitárias e climáticas. Para alcançar esses objetivos, o governo tem investido na ampliação do Complexo Industrial da Saúde e na expansão da saúde digital. A ministra também destacou que o orçamento do Ministério da Saúde para 2023 teve um incremento de R$ 30 bilhões.

Os senadores enfatizaram a importância da atenção primária e da vacinação para a confiança da sociedade na vacina. A senadora Zenaide Maia ressaltou a necessidade de retomar o Programa Mais Médicos e valorizar a ciência e a vacina. A ministra concordou e alertou sobre o impacto da desinformação na saúde da população.

Outro ponto defendido pela ministra foi a autossuficiência nacional na produção de insumos para a saúde. Ela destacou a vulnerabilidade do país durante a pandemia de covid-19 e ressaltou a importância de fortalecer o complexo econômico-industrial da área. A ministra também mencionou a destinação de recursos para a produção de hemoderivados e a inauguração de uma fábrica de medicamentos recombinantes, que trará autonomia ao Brasil nessa área.

Os senadores manifestaram preocupações em relação à PEC do Plasma, que pode abrir a possibilidade de comercialização do plasma humano. A ministra defendeu a segurança sanitária e ressaltou os avanços conquistados na garantia de acesso a transfusões de sangue e hemoderivados.

Além disso, foram discutidos temas como o tratamento de doenças raras, a atualização da tabela do SUS e a judicialização da saúde. A ministra informou que o ministério está participando de um grupo de trabalho para buscar uma solução para a judicialização e garantir o acesso a medicamentos para doenças raras.

Em resumo, a audiência pública com a ministra da Saúde foi marcada por debates sobre a priorização da saúde primária, a valorização da vacinação, a autossuficiência na produção de insumos para a saúde e a preocupação com a judicialização e o acesso a medicamentos. A ministra destacou os investimentos e a busca por evidências científicas para fortalecer o sistema de saúde do país.

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