A senadora Damares Alves (Republicanos-DF), que presidiu a audiência, ressaltou que a Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas precisa ser aprimorada, e que a participação da sociedade é fundamental para esse processo. Segundo a senadora, é necessário direcionar esforços para melhorar a política de busca no Brasil e dar uma resposta eficaz à sociedade.
Durante a audiência, a presidente da Instituição Mães da Sé, Ivanise Esperidião, compartilhou sua dor e luta de quase 30 anos em busca de respostas sobre o desaparecimento de sua filha. Ela destacou a urgência em encontrar soluções para as famílias dos desaparecidos, e ressaltou a falta de investigação continuada nesses casos.
Outras mães de pessoas desaparecidas também se manifestaram, relatando suas experiências e pedindo mais ação por parte do poder público. O tema do tráfico humano também foi abordado, com representantes de instituições alertando para a necessidade de combater essa prática e garantir a segurança das pessoas em território nacional.
Um exemplo positivo foi apresentado pelo Programa SOS Desaparecidos em Santa Catarina, que conseguiu localizar cerca de 80% dos desaparecidos em 2023. O programa utiliza tecnologia e trabalho conjunto entre Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Científica para obter esses resultados.
No entanto, ainda há desafios a serem enfrentados, como a falta de um banco de dados nacional abrangente sobre desaparecidos e a necessidade de investimento em tecnologias de identificação. Os senadores presentes na audiência também destacaram a importância de uma legislação mais eficaz e de penas mais rigorosas para crimes como o tráfico humano.
Em meio a essas discussões, fica claro que a busca e localização de pessoas desaparecidas no Brasil exigem uma abordagem multidisciplinar e o engajamento de toda a sociedade. A união entre poder público, sociedade civil e instituições especializadas é fundamental para enfrentar esse desafio e garantir a segurança e integridade das pessoas desaparecidas.