SENADO FEDERAL – Oposição promete obstruir votações até aprovação de “pacote da paz” com anistia, impeachment de Moraes e fim do foro privilegiado na Câmara e Senado.

Na manhã desta terça-feira, 5 de setembro, representantes da oposição no Congresso Nacional anunciaram a obstrução das votações tanto na Câmara quanto no Senado. A decisão, que foi comunicada em uma coletiva de imprensa em frente ao Congresso, visa pressionar a direção das duas casas a colocar em pauta um conjunto de propostas que os opositores estão chamando de “pacote da paz”.

Entre as principais medidas desse pacote estão a anistia ampla e irrestrita para aqueles envolvidos nos ataques aos prédios da Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023, o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) visando a extinção do foro privilegiado.

Os opositores expressaram indignação com a decisão de Moraes em relação à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, considerando essa ação como um ato “sem fundamentos jurídicos”. Flávio Bolsonaro, senador e filho do ex-presidente, declarou que o ministro agiu de maneira autoritária, ao conceder a prisão sem ouvir o Ministério Público ou os outros membros do STF.

A situação envolveu uma transmissão ao vivo em que Flávio Bolsonaro, durante as manifestações, teria supostamente desrespeitado medidas cautelares impostas ao ex-presidente. Moraes argumentou que a prisão foi necessária devido ao descumprimento das restrições, que incluíam o uso indevido de redes sociais para instigar protestos contra o STF. Além da prisão domiciliar, o ministro impôs restrições a visitas e determinou a apreensão de celulares na residência de Bolsonaro em Brasília.

Para os opositores, a solução para crise política atual passa pela votação das propostas que buscam pacificar o país, começando pela anistia e o impeachment de Moraes. Rogério Marinho, líder oposicionista no Senado, ressaltou que a atual tensão entre os poderes é insustentável e que o foro privilegiado, em vez de proteger os parlamentares, se transformou em um instrumento de coação.

A PEC que propõe a extinção do foro privilegiado para crimes comuns já passou pelo Senado e aguarda análise na Câmara dos Deputados. Em sua defesa, os parlamentares de oposição afirmam que essa mudança legislativa é essencial para garantir uma democracia saudável.

Por fim, a proposta de anistia aos acusados de envolvimento nas manifestações de 8 de janeiro é vista como uma via para restaurar a normalidade política. Senadores acreditam que, ao priorizar estas pautas, o Congresso poderá avançar em direção à pacificação do país. Flávio Bolsonaro, em suas declarações, reiterou a urgência da situação, enfatizando que sem essas medidas, a convivência democrática será irreversivelmente afetada.

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