SENADO FEDERAL – Operação Penalidade Máxima investiga manipulação de jogos no futebol e destaca importância da cooperação entre órgãos públicos e entidades esportivas.

Nesta terça-feira, integrantes do Ministério Público de Goiás (MP-GO) participaram de uma importante audiência na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas (CPIMJAE). Eles defenderam a cooperação entre órgãos públicos e entidades esportivas como uma forma eficaz de combater a manipulação no esporte.

Durante a reunião, os senadores Jorge Kajuru e Romário apresentaram requerimentos para ouvir o procurador-geral do MP goiano, Cyro Terra Peres, e o promotor Fernando Martins Cesconetto, que faz parte do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Goiás. Eles falaram sobre a Operação Penalidade Máxima, que investiga um grupo acusado de subornar jogadores de futebol para receberem punições em campo.

Cyro Peres destacou a importância da capilaridade e proximidade que os Ministérios Públicos e as polícias dos estados têm com os fatos investigados. Ele sugeriu a criação de uma plataforma nacional para reprimir esse tipo de conduta, envolvendo diversos órgãos, como Ministério da Justiça, Ministério da Fazenda, Polícia Federal, Polícia Civil e entidades esportivas.

O procurador ressaltou que o Brasil está se preparando para combater esse tipo de crime, citando avanços na legislação, como a regulamentação das apostas esportivas. Além disso, o promotor Fernando Cesconetto defendeu a adesão do Brasil à Convenção de Macolin, que visa combater a manipulação de resultados esportivos.

As investigações da Operação Penalidade Máxima revelaram fraudes em partidas de futebol em Goiás, resultando na denúncia de 32 pessoas até o momento. Além disso, a CPI aprovou requerimentos para ouvir presidentes de clubes de futebol citados em relatórios sobre manipulação de resultados.

Outro tema abordado foi o envolvimento de casas de apostas, que foram consideradas “vítimas desinteressadas” pelos depoentes. No entanto, os promotores defenderam a necessidade de uma norma que obrigue essas empresas a comunicar às autoridades qualquer movimentação suspeita.

Por fim, a reunião também discutiu questões relacionadas a cartões durante os jogos do Brasileirão e casos de racismo no futebol, como o ocorrido na Espanha. O debate demonstrou a importância de medidas eficazes para combater a manipulação no esporte e garantir a integridade das competições.

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