SENADO FEDERAL – Obras de Torquato Neto são oficialmente reconhecidas como manifestação da cultura nacional pela Lei 14.742



As obras de Torquato Neto, poeta, compositor, cineasta e jornalista piauiense, foram oficialmente reconhecidas como manifestações da cultura nacional, de acordo com a Lei 14.742, publicada no Diário Oficial da União em 1° de dezembro. O Projeto de Lei 597/2021, relatado pelo senador Marcelo Castro (MDB-PI) na Comissão de Educação e Cultura (CE), foi iniciativa do deputado federal Flávio Nogueira (PDT-PI).

De acordo com as palavras de Castro, os poemas de Torquato Neto “demonstram grande liberdade de pensamento e de forma, razão pela qual consideramos justo que se reconheçam como manifestação da cultura nacional as obras de Torquato Neto”.

Torquato Pereira de Araújo Neto nasceu em Teresina em 1944, mudando-se para Salvador em 1961, onde teve contato com importantes nomes da música brasileira, como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Maria Bethânia e Gal Costa. No Rio de Janeiro, a partir de 1963, se envolveu no movimento tropicalista, que incorporava elementos da bossa nova, rock e ritmos regionais em sua composições.

O poeta e compositor teve um papel fundamental na música brasileira, compondo, entre outras, as famosas letras de “Louvação”, “Geleia Geral”, “Mamãe, Coragem” e “Pra Dizer Adeus”, gravadas por artistas renomados como Elis Regina, Gilberto Gil, Caetano Veloso e Edu Lobo.

Além de sua contribuição para a música, Torquato Neto atuou em filmes como “Nosferatu no Brasil”, “A Múmia Volta a Atacar” e “Helô e Dirce”. Ele também foi responsável por uma coluna polêmica no jornal carioca “Última Hora”, onde militou pelo cinema marginal e pelos direitos autorais.

A vida e obra de Torquato Neto foram revistas em dois documentários: “Torquato Neto Todas as horas do fim”, de Eduardo Ades e Marcus Fernando, lançado em 2018, e “Documento Especial Torquato Neto, O Anjo Torto da Tropicália”, de Ivan Cardoso, em 1992. Além disso, várias coletâneas de seus escritos foram publicadas, como “Torquato Neto Os Últimos Dias de Paupéria”, organizada por sua viúva Ana Maria Silva Duarte e o poeta Waly Salomão, e “Torquatália Volume 1 (do Lado de Dentro) e Volume 2 (Geléia Geral)”, organizadas por Paulo Roberto Pires.

Neste contexto, falar sobre Torquato Neto é essencial para entender a música popular brasileira e sua influência cultural. Sua trajetória é marcada pela genialidade e inovação, tanto na música quanto no cinema, e seu reconhecimento como manifestação da cultura nacional é um importante marco para preservar seu legado para as futuras gerações. Com sua morte em 1972, mas sua obra e legado continuará a ecoar por muitos anos.

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