Natural de Cedro de São João, Maria do Carmo Alves se formou em direito em Aracaju e trabalhou no ramo da administração de empresas. Seu envolvimento na política teve forte ligação com a trajetória de seu marido, João Alves Filho, que foi prefeito de Aracaju por duas vezes e governador de Sergipe em três mandatos. Em 1998, formaram uma chapa para o governo e para o Senado, porém apenas Maria do Carmo foi eleita. João Alves Filho voltou ao governo em 2002 e a dobradinha se repetiu em 2006, com Maria do Carmo sendo reeleita para o Senado.
Durante seu tempo no Senado, a senadora se licenciou em três ocasiões para chefiar secretarias em governos liderados pelo marido. Maria do Carmo dedicou a maior parte de seus mandatos a temas sociais, como saúde, assistência social e direitos das mulheres. Ela também foi relatora de importantes leis, como a restrição da venda de esteróides anabolizantes e a garantia do direito de visita dos avós aos netos.
Maria do Carmo Alves foi uma voz ativa em defesa do desenvolvimento econômico do Nordeste e se posicionou contra medidas que agravariam as desigualdades regionais, como a extinção das superintendências de desenvolvimento do Nordeste e da Amazônia. Além disso, a senadora lutou pela proteção do rio São Francisco e pela assistência integral à saúde das mulheres presas durante a gestação.
Em 2019, Maria do Carmo Alves foi uma das fundadoras da bancada feminina do Senado e, nos últimos anos de seu mandato, foi a integrante mais idosa da casa. Ao se aposentar da vida pública em 2022, a ex-senadora ressaltou sua dedicação às questões de gênero e inclusão feminina na esfera política e econômica. Infelizmente, Maria do Carmo Alves faleceu em 31 de agosto de 2024, após uma batalha contra um câncer no pâncreas. Sua contribuição para a política brasileira e a defesa dos direitos das mulheres deixam um legado importante para o país.
