Moro centrou suas críticas na situação alarmante da Bahia, que, segundo ele, é a líder em índices de assassinatos no país. Relatou que, há uma década, a taxa de homicídios era significativamente inferior à atual, refletindo um agravamento dessa questão. “Em nenhum lugar do país a situação é mais crítica do que na Bahia, que experimenta um aumento alarmante nos números de morte”, afirmou, sublinhando que a realidade dessa região deve servir de alerta para todo o Brasil.
O senador também mencionou um evento recente em Salvador, onde dados fornecidos pelo fórum de segurança da Fundação Índigo evidenciaram esse quadro alarmante. Ele também fez referência a Fortaleza, onde áreas inteiras são dominadas pelo crime organizado, que oferece serviços básicos, como internet, à população.
Além das preocupações com a Bahia, Moro expressou inquietação com a criminalidade em seu próprio estado, o Paraná. Ele relatou um incidente em Curitiba, onde um tiroteio entre gangues culminou em uma bala perdida que atingiu o Tribunal Regional Eleitoral, ferindo uma funcionária. “Esse tipo de notícia é algo que esperaríamos ver em estados com maiores índices de violência, como a Bahia ou o Rio de Janeiro, e não em Paraná”, comentou, enfatizando a necessidade de atenção redobrada.
O senador também não deixou de criticar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, alegando que a administração atual tem dificultado a implementação de políticas de segurança. Ele citou como exemplo o veto ao projeto que buscava eliminar as “saidinhas”, que permitiriam a saída antecipada de detentos.
Na parte final de seu discurso, Moro fez um apelo por uma abordagem mais coordenada e eficaz no combate à criminalidade. Ele pediu a aprovação de novas legislações relacionadas à segurança pública, tanto no Senado quanto na Câmara. O senador destacou que, além da crescente preocupação com a segurança, o país enfrenta um cenário econômico complicado, com dívidas acumuladas e inflação descontrolada, descrevendo uma situação de “roubalheira” que inclusive afeta aposentados e pensionistas do INSS. Em suma, Moro alerta que, se não forem tomadas medidas eficazes, o Brasil pode estar se encaminhando para uma crise ainda mais profunda.