Além disso, o senador Moro fez menção à presença de familiares do presidente Lula em cargos de liderança dessas organizações, sugerindo que isso teria sido um fator que facilitou a ocorrência de desvios de recursos. Ele mencionou na tribuna uma matéria publicada por um veículo de comunicação que traçou um panorama histórico, evidenciando como certas votações no Congresso, impulsionadas por emendas de partidos de esquerda, contribuíram para essa flexibilização. O senador citou especificamente a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), associando-a ao PT e ao irmão do presidente, Frei Chico, que ocupa a vice-presidência de um sindicato.
Moro também fez uma conexão entre as fraudes e a recente alteração na Lei das Estatais, ocorrida no início do governo Lula. O senador argumentou que essas modificações facilitaram a nomeação de aliados em empresas públicas, mesmo sem a qualificação necessária, o que, segundo ele, é um indicador de favorecimento político. Ele alegou que essas nomeações podem estar repletas de conflitos de interesse, o que levanta preocupações sobre a governança nas estatais.
Para Moro, o cenário atual reflete apenas uma fração do que poderia ser considerado a extensão desses problemas. “Acredito que estamos apenas no início de um iceberg em relação ao que está acontecendo”, declarou o senador, sinalizando que a situação pode ser mais grave do que se imagina. O pronunciamento reflete uma tensão política acentuada e um clima de incerteza sobre a condução das políticas governamentais em meio a denúncias de corrupção e favoritismo.