Entre as principais sugestões apresentadas pelos pesquisadores aos membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal estão a elaboração de projetos direcionados à saúde mental de meninas, com foco na proteção delas nas redes sociais, a fiscalização do governo federal na implementação de ações para mulheres e meninas, e o aumento do investimento do Orçamento para a saúde mental feminina.
Durante a audiência, representantes de institutos como o Instituto Cactus e o Instituto de Estudos para Políticas de Saúde apresentaram a cartilha “10 Ações de políticas públicas para saúde mental de meninas e mulheres”, onde foram detalhadas as recomendações sobre o tema. O coordenador de projetos do Instituto Cactus, Bruno Ziller, ressaltou a importância do envolvimento de diferentes setores da sociedade na promoção da saúde mental.
Os dados apresentados durante a discussão mostraram que as mulheres e meninas enfrentam um maior índice de transtornos mentais em comparação aos homens e meninos. Por exemplo, a taxa de depressão entre as mulheres é mais do que o dobro em relação aos homens. Além disso, estudos indicam que as meninas sofrem mais com sentimentos de tristeza e desvalorização da vida.
Uma das preocupações levantadas pelas entidades presentes na reunião é a falta de proposições sobre saúde mental destinadas especificamente às mulheres e meninas no Poder Legislativo. A maioria das propostas encontradas tratava de questões relacionadas à violência, e poucas abordavam a promoção da saúde.
O deputado Pedro Campos destacou a importância de ações específicas para combater os problemas de saúde mental enfrentados por mulheres e meninas em um mundo em constante transformação. A senadora Augusta Brito enfatizou a importância de dar continuidade ao trabalho iniciado na reunião, visando implementar as sugestões apresentadas e melhorar a saúde mental das mulheres e meninas brasileiras.
