A proposta que culminou nessa honraria teve origem no Projeto de Lei 2.151/2019, apresentado pelo ex-senador Lasier Martins, do Rio Grande do Sul. Originalmente, o projeto buscava conceder o título apenas a Lupicínio Rodrigues. No entanto, durante as discussões na Comissão de Educação, o relator, senador Paulo Paim, destacou a importância de incluir Pixinguinha na homenagem, um desejo apoiado por outros membros da comissão, incluindo o senador Carlos Portinho.
Lupicínio Rodrigues, natural de Porto Alegre, atuou na música nas décadas de 1930 e 1940, e é amplamente reconhecido por suas sambas-canções que encapsulam a chamada “dor-de-cotovelo”, uma expressão popular que lida com as desilusões amorosas. Suas composições, como “Nervos de Aço”, “Nunca” e “Esses Moços”, permanecem até hoje como clássicos da MPB. Por outro lado, Pixinguinha é um dos grandes mestres do choro e da música instrumental brasileira. Com uma carreira que se estendeu por décadas, suas obras, incluindo “Carinhoso”, “Rosa” e “Lamentos”, são veneradas como fundamentais no desenvolvimento da identidade musical do país.
Os senadores que apoiaram a inclusão de Pixinguinha enfatizaram a importância de ambos os compositores para a cultura nacional. Paim declarou que Lupicínio é “um dos compositores mais originais da nossa música popular”, enquanto Portinho descreveu Pixinguinha como “um gênio inquestionável” que solidificou o choro como um gênero essencial na música brasileira. Assim, esta nova lei não apenas reconhece os talentos individuais de Lupicínio e Pixinguinha, mas também celebra a riqueza e a diversidade da música popular brasileira, consolidando seu espaço na cultura e na história do país.