A justificativa apresentada pelo Executivo federal para essa limitação está atrelada à Lei de Responsabilidade Fiscal, que proíbe a criação de despesas que se estendam além do mandato do atual presidente. A legislação estabelece que, ao comprometer verbas para o futuro, especialmente quando estas inscrevem-se em gestões subsequentes, há uma contrariedade a princípios de responsabilidade fiscal que o governo defende como essenciais para a saúde das contas públicas.
Com isso, o reajuste garante apenas uma correção na remuneração em 2026, em desacordo com o que havia sido aprovado pelo Congresso Nacional por meio do Projeto de Lei 4.750/2025. Este projeto, que teve a origem em um pedido do Supremo Tribunal Federal (STF), recebeu o parecer favorável do senador Omar Aziz e foi aprovado no Senado no final de novembro do ano passado.
O senador Omar Aziz, em sua defesa do projeto, argumentou que o reajuste não deve ser visto como um aumento salarial, mas sim como uma compensação pelas perdas salariais experimentadas pelos servidores desde 2019. Essa narrativa sugere uma tentativa de restabelecer a equidade no poder de compra dos servidores, que têm enfrentado desafios financeiros nos últimos anos.
Com essa decisão, o governo reitera sua posição em relação à importância da responsabilidade fiscal, mesmo em contextos que envolvem a valorização do funcionalismo público. Essa medida poderá impactar a relação entre os servidores do Judiciário e a administração federal, uma vez que muitos esperavam uma correção mais significativa após anos de incertezas econômicas. A expectativa agora é como essa situação evoluirá nos próximos anos, especialmente em um ambiente fiscal que é cada vez mais desafiador.
