SENADO FEDERAL – Lula Libera R$ 30 Bilhões para Compensar Exportadores Afetados por Tarifa dos EUA e Responde à Agressão Comercial Injustificada.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou uma medida provisória de grandes proporções, liberando R$ 30 bilhões destinados a compensar os exportadores brasileiros em face das significativas tarifas impostas pelos Estados Unidos. Publicada no dia 13 de setembro, em uma edição extraordinária do Diário Oficial da União, a MP 1.309/2025 será submetida ao Congresso Nacional, onde deverá ser aprovada em um prazo de 120 dias para ter validez.

Segundo informações do governo, essa ação, que está sendo chamada de Programa Brasil Soberano, visa responder à “taxação unilateral e desproporcional” praticada pelo governo americano. As tarifas sobre produtos brasileiros podem chegar até a 50%, o que o Palácio do Planalto considera uma agressão comercial injustificada.

O Programa Brasil Soberano abrange um conjunto de medidas voltadas a mitigar os impactos para os exportadores afetados pela alta de tarifas. Entre as iniciativas estão a criação de novas linhas de financiamento, a prorrogação de prazos de isenção fiscal no regime de drawback — que isenta tributos sobre insumos usados na industrialização de exportações — e a ampliação e modernização das garantias à exportação. Além disso, a medida permite o adiamento do vencimento de tributos e a compra pública de alimentos que deixaram de ser exportados devido às novas tarifas.

Os recursos liberados, oriundos de um superávit financeiro no Fundo de Garantia à Exportação, visam beneficiar tanto pessoas físicas quanto empresas privadas que atuam na exportação de bens e serviços. As linhas de crédito serão disponibilizadas para ajudar a proteger os exportadores frente a riscos comerciais, tanto na fase anterior quanto na posterior ao embarque de mercadorias. A MP também especifica que as micro, pequenas e médias empresas estarão incluídas nas operações.

Outro destaque da medida é a autorização para agências governamentais comprarem alimentos, flexibilizando as regras de licitação. O governo justifica essa necessidade ao afirmar que diversos setores agrícolas enfrentam dificuldades para redirecionar sua produção a outros mercados.

O Palácio do Planalto alertou que a imposição das tarifas pelos Estados Unidos representa um obstáculo significativo para os exportadores brasileiros, podendo impactar negativamente a balança comercial, a produção nacional e a manutenção de empregos. Os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, assinaram a mensagem enviada ao Congresso, ressaltando que as medidas propostas são semelhantes às utilizadas por outros países para dar suporte a seus exportadores, evidenciando a busca do Brasil por fortalecer a competitividade de sua indústria no mercado global.

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