SENADO FEDERAL – Intoxicação por Metanol: Comissão de Direitos Humanos Debate Aumento de Casos e Riscos à Saúde Pública no Brasil

Nos últimos dias, a questão da intoxicação por metanol no Brasil ganhou destaque após a confirmação de vários casos alarmantes. Em resposta a essa situação, a Comissão de Direitos Humanos (CDH) decidiu debater o assunto em uma reunião que será agendada em conjunto com a Comissão de Assuntos Sociais (CAS). O requerimento para essa discussão foi apresentado pelo senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, e foi aprovado recentemente.

Segundo informações divulgadas pelo Ministério da Saúde, até o dia 5 de outubro, foram registrados 16 casos de intoxicação por metanol, todos resultantes da ingestão de bebidas alcoólicas. Desses, dois levaram ao óbito no estado de São Paulo, enquanto mais de 200 casos permanecem sob investigação. Neste contexto, Paim destacou a gravidade do problema, ressaltando que a adulteração de bebidas é a principal preocupação em nível nacional.

O senador esclareceu que a adição ilegal de metanol a bebidas destiladas sem registro é uma prática comum em certos mercados, o que representa um risco significativo à saúde pública. O metanol é uma substância altamente tóxica e pode provocar uma variedade de efeitos adversos, desde náuseas e dores de cabeça, até consequências extremas, como cegueira e morte. Ele enfatizou que o aumento das ocorrências de intoxicação por metanol está levando as autoridades a intensificarem a vigilância sanitária e a ampliar o acesso a tratamentos adequados, assim como a fornecer orientações à população sobre os perigos do consumo de bebidas de procedência duvidosa.

A audiência proposta pelo senador tem o objetivo de reforçar a conscientização sobre os perigos do metanol e discutir as medidas que devem ser adotadas em casos de intoxicação. Durante a sessão, o senador Paim pretende convidar representantes de diversas entidades, incluindo o Ministério da Saúde, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Conselho Federal de Medicina (CFM), além de organizações do setor de bebidas e de defesa do consumidor. Com essa estratégia, espera-se não apenas aumentar o diálogo sobre o assunto, mas também proteger a saúde dos cidadãos brasileiros.

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