O Brasil, com uma estrutura fiscal complexa e pressionada por diversas demandas sociais, enfrenta um dilema que poderá comprometer o futuro de suas políticas públicas. A análise da IFI sugere que o atual modelo é insustentável, considerando o crescente endividamento público e a pressão sobre a tributação. Nesse contexto, a manutenção da responsabilidade fiscal emerge como um dos principais desafios da agenda econômica nos próximos anos, conforme enfatizou o diretor-executivo.
Pestana argumenta que, para garantir a eficiência na alocação de recursos e a execução adequada de políticas públicas, é essencial que haja uma reformulação nas estratégias de financiamento. Isso implica não apenas em uma revisão do sistema tributário, mas também em um aprofundamento do diálogo entre os diversos níveis de governo e a sociedade civil. O desafio é criar um ambiente propício para o crescimento econômico, que possibilite uma distribuição de recursos mais equitativa e efetiva.
Ao mesmo tempo, as recomendações do estudo sugerem a necessidade de um compromisso firme com a transparência e a gestão fiscal responsável, garantindo que as receitas sejam utilizadas de maneira eficiente e em prol do desenvolvimento do país. Portanto, o alerta emitido pela IFI é um chamado à ação para todos os agentes envolvidos, ressaltando a urgência de repensar estruturas e processos que, atualmente, parecem não comportar mais a crescente demanda por investimentos sociais e infraestrutura. O futuro das finanças públicas brasileiras depende, assim, da capacidade de atuação conjunta e eficaz dos diversos setores da sociedade.