A controvérsia em torno do programa foi levada à esfera política, onde o ministro da Previdência, Wolney Queiroz, foi convocado para prestar esclarecimentos em uma audiência que ocorreu na Comissão de Fiscalização e Controle (CTFC) do Senado. Durante o encontro, realizado no dia 15 de maio, Queiroz foi questionado pelo senador Izalci Lucas, do PL-DF, sobre a continuidade do “Meu INSS Vale+” e as implicações das denúncias. O ministro confirmou que, diante das circunstâncias atuais e da gravidade das alegações, o programa deverá ser extinto.
O “Meu INSS Vale+” visava facilitar o acesso dos beneficiários ao capital de seus benefícios, permitindo que fossem adiantados valores antes mesmo do recebimento oficial. Embora a proposta houvesse sido bem recebida inicialmente, as preocupações em relação às práticas de cobrança levantaram sérias questões sobre a transparência e a ética do serviço oferecido. A suspensão do programa reflete uma tentativa do INSS de proteger os direitos dos beneficiários e garantir que eles não sejam explorados ou prejudicados por tarifas abusivas.
Essa movimentação também evidencia a crescente preocupação com a regulamentação das fintechs e com o impacto que elas têm na vida financeira dos cidadãos, especialmente em um momento em que a tecnologia desempenha um papel cada vez mais central na prestação de serviços financeiros. As expectativas são altas para que as autoridades adotem uma postura preventiva e punitiva em relação a práticas que possam lesar os consumidores, assegurando que a integridade dos serviços prestados seja mantida. Assim, o caso “Meu INSS Vale+” serve como um alerta sobre a necessidade de vigilância no setor e a importância da defesa dos interesses dos usuários de serviços públicos.