SENADO FEDERAL – Implantação de sistemas de proteção contra cheias no RS deve ser acelerada para evitar novas tragédias, alertam debatedores.

O Rio Grande do Sul enfrentou uma tragédia em maio deste ano devido às fortes chuvas que resultaram em enchentes e deixaram um rastro de destruição e perdas humanas. Essa situação alarmante levou à necessidade de acelerar a implantação de sistemas de proteção contra as cheias no estado para evitar que novas catástrofes ocorram. Essa foi a conclusão de debatedores que participaram de uma audiência pública promovida pela comissão temporária externa do Senado, criada com o objetivo de acompanhar o enfrentamento da calamidade no Rio Grande do Sul.

O senador Paulo Paim, presidente do colegiado, ressaltou a gravidade da situação causada pelas enchentes, que impactaram milhões de gaúchos e afetaram significativamente a economia do estado. A necessidade de conscientização sobre a preservação ambiental e a importância de agir rapidamente para prevenir novas tragédias foram enfatizadas durante o debate.

Segundo informações da Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional, o governo gaúcho propôs em 2012 a implementação de sistemas de proteção para diversas bacias no estado. No entanto, a execução desses projetos demandaria um investimento de R$ 7 bilhões. O superintendente da Metroplan, Francisco José Soares Horbe, destacou a importância de acelerar os processos burocráticos para viabilizar a concretização dessas medidas de proteção.

O senador Luiz Carlos Heinze defendeu a liberação de recursos federais para as obras e ressaltou a urgência em agilizar os projetos de proteção. O relator da comissão, senador Hamilton Mourão, ressaltou a necessidade de priorizar os investimentos e avançar nas medidas de reconstrução do estado, especialmente no que diz respeito à contenção das bacias hidrográficas.

Além disso, foi destacada a importância da atuação de um comitê científico para sugerir aprimoramentos nos projetos de defesa contra as cheias, levando em consideração eventos climáticos extremos e a necessidade de adaptar os sistemas de proteção. Para garantir a eficácia dessas medidas, representantes de órgãos governamentais e da sociedade civil ressaltaram a importância da continuidade do trabalho de prevenção e da colaboração entre os diferentes níveis de governo.

Diante da gravidade da situação e da necessidade de se preparar para enfrentar futuros eventos climáticos extremos, a união de esforços e a integração institucional se mostram fundamentais para proteger a população e evitar novas tragédias como as que assolaram o estado.

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