Essa superintendência tem como objetivo primordial assegurar a livre concorrência no mercado digital. Com o crescimento exponencial de empresas de tecnologia, surgiram desafios significativos relacionados ao monopólio e à concentração de mercado. Muitas dessas grandes empresas dominam setores inteiros, dificultando a entrada de novos concorrentes. A regulamentação proposta busca criar um ambiente mais equilibrado e competitivo, beneficiando, assim, os consumidores e proporcionando oportunidades para pequenas e médias empresas.
Os críticos da concentração de mercado destacam que a falta de regulamentação apropriada pode levar à formação de oligopólios, onde poucas empresas controlam a maior parte do mercado, restringindo inovações e fixando preços de maneira pouco competitiva. Diante disso, a atuação do Cade se torna crucial para identificar práticas abusivas e garantir que as regras do jogo sejam justas para todos os players do setor.
Além disso, a supervisão mais rigorosa poderá trazer mais transparência ao setor, uma vez que muitas das operações e estratégias dessas grandes empresas são mantidas em sigilo, gerando desconfianças tanto entre consumidores quanto entre órgãos reguladores. A expectativa é que, com essa nova estrutura, o Cade amplie seus instrumentos de análise e intervenções, permitindo uma fiscalização mais efetiva.
Neste contexto, a iniciativa do governo é vista como um movimento estratégico para adequar o Brasil às demandas de um mercado digital em constante evolução, alinhando-se a tendências globais de regulação. A proposta promete não apenas modernizar a legislação vigente, mas também fortalecer o papel do Cade como um guardião da concorrência saudável no ambiente digital, buscando garantir que todos os agentes do mercado tenham chances iguais de prosperar.