SENADO FEDERAL – Governo Necessitará de R$ 80 Bilhões em Esforço Fiscal Apesar de Medidas Aprovadas em Relatório da Instituição Fiscal Independente

O relatório divulgado em agosto pela Instituição Fiscal Independente (IFI) traz à tona importantes questões sobre a agenda fiscal do governo, com foco em duas propostas que podem impactar o cenário econômico nacional: a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 66/2023, que diz respeito aos precatórios, e a Medida Provisória (MP) 1.303/2025, que visa tributar investimentos.

A PEC 66/2023 é uma iniciativa que promete alterar a forma como os precatórios são geridos, ou seja, valores que o governo deve a credores, e que, se aprovada, poderá resultar em uma nova dinâmica para a dívida pública. Já a MP 1.303/2025 pretende estabelecer um novo regime de tributação sobre investimentos, que tem gerado debates acalorados entre especialistas e economistas sobre suas possíveis repercussões no mercado financeiro.

Alexandre Andrade, diretor da IFI, destaca que, embora o governo esteja experimentando um aumento na arrecadação e uma certa flexibilidade no cumprimento do teto de gastos, essas mudanças não eliminam a necessidade de um esforço fiscal robusto. Para que o governo consiga atingir a meta de superávit fiscal proposta para o ano de 2026, um esforço adicional de R$ 80 bilhões será imprescindível. Esse valor reforça a urgência de ações concretas que assegurem a saúde fiscal do país num contexto de crescentes desafios econômicos.

Além disso, o diretor enfatiza que a combinação dessas duas medidas pode resultar em um espaço financeiro considerável. Entretanto, a eficácia delas depende da implementação adequada e da aceitação pelo Congresso, onde a tramitação legislativa frequentemente enfrenta barreiras políticas. O cenário econômico atual, caracterizado por incertezas e tensões, exige que o governo não apenas busque formas de aumentar a arrecadação, mas também implemente reformas estruturais que promovam um ambiente fiscal sustentável.

Esses fatores tornam imperativa a atenção contínua sobre a evolução dessas propostas, bem como sobre suas possíveis implicações para a economia brasileira nos próximos anos. Em um cenário onde a responsabilidade fiscal se torna cada vez mais relevante, as escolhas do governo serão cruciais para garantir a estabilidade fiscal e o crescimento econômico no futuro.

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