As trabalhadoras expuseram casos graves de assédio moral e sexual, que têm se tornado corriqueiros nesse setor. Em particular, destacaram as dificuldades enfrentadas pelas funcionárias grávidas, que estão sendo forçadas a atuar em condições insalubres, colocando em risco não apenas a saúde delas, mas também a de seus bebês. A situação se agrava ainda mais com a demissão abrupta das funcionárias logo após o retorno de suas licenças-maternidade, um ato que contraria não apenas princípios éticos, mas também legislações que protegem os direitos dos trabalhadores.
Outro ponto crítico levantado pelas frentistas diz respeito ao direito a dois domingos de folga por mês, um benefício que deveria ser garantido por lei. No entanto, várias trabalhadoras relataram terem sido despedidas após reivindicarem essa condição, o que evidencia a falta de respeito e cuidado com os direitos trabalhistas básicos por parte de alguns empregadores no setor.
Esses relatos, que foram compartilhados com a CDH, não apenas revelam a fragilidade da defesa dos direitos das mulheres nesse campo, mas também ressaltam a necessidade urgente de medidas efetivas para proteger essas trabalhadoras. Um apelo foi feito para que as autoridades tomem providências necessárias, a fim de investigar e sanar essas injustiças, promovendo assim um ambiente de trabalho mais seguro e justo.
A situação das frentistas é um reflexo de um problema maior envolvendo os direitos trabalhistas no Brasil, que ainda precisa de atenção e ação eficaz para garantir que todos os trabalhadores sejam tratados com dignidade e respeito. As representantes das frentistas chamaram a sociedade civil e as autoridades a se mobilizarem em defesa dos direitos dessas mulheres, que, apesar de enfrentarem tantas adversidades, continuam lutando por um tratamento justo e digno no mercado de trabalho.