Jucimar foi convocado para justificar seu apoio à liberação de descontos em massa na folha de pagamento de aposentados e pensionistas, uma medida que gerou controvérsia, especialmente por ter recebido parecer desfavorável do Ministério Público. Sua aparição na CPMI se deu após recusar-se a comparecer em duas ocasiões anteriores, momento em que foi conduzido à força pela Polícia Legislativa do Senado.
Durante sua oitiva, Jucimar manifestou descontentamento com a forma como foi trazido à comissão, mas a reação do senador Viana foi incisiva. O parlamentar destacou que a postura do depoente, que negou ter visto irregularidades, era incoerente, dado que ele anteriormente havia faltado em duas situações e tentado evitar uma perícia médica exigida pelo Senado. “Quem não deve, não foge”, enfatizou Viana, referindo-se ao comportamento evasivo de Jucimar.
Após a prisão, Viana reiterou que o ex-coordenador tinha plena consciência da obrigatoriedade de comparecer e que não poderia alegar motivos médicos sem uma avaliação da comissão. O senador também apontou que Jucimar havia alegado, em depoimento, que só começou a emitir pareceres técnicos sobre acordos de cooperação técnica em 2023, enquanto a comissão apresentou evidências de que ele já exercia essa função desde 2021.
Além da prisão, Carlos Viana revelou que solicitará a prorrogação dos trabalhos da CPMI até maio de 2026, justificando que ainda há diversos desdobramentos relevantes a serem investigados. A decisão de prender Jucimar demonstrou a determinação do colegiado em apurar as irregularidades no INSS, sinalizando que a busca por transparência e justiça nos processos de concessão de benefícios continuará sendo uma prioridade.
