A comissão parlamentar de inquérito foi criada com o objetivo de investigar os atos antidemocráticos ocorridos no dia 8 de janeiro, em Brasília. Os ataques feitos por apoiadores do então presidente Jair Bolsonaro resultaram em invasões a prédios públicos e agressões a jornalistas.
Na quinta-feira, será a vez do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional de Lula, o general G. Dias, prestar seu depoimento à comissão. O senador Marcos Rogério (PL-RO) destacou a suposta conivência do governo com os ataques e mencionou que G. Dias foi flagrado dentro do Palácio do Planalto conversando com os manifestantes.
A relatora da CPMI, Eliziane Gama (PSD-MA), acredita que o depoimento do general G. Dias será fundamental para esclarecer a atuação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em relação aos ataques ocorridos no início do ano. Além disso, ela espera que o ex-ministro também forneça informações sobre os impactos do “apagão” da Polícia Militar do Distrito Federal nos atos antidemocráticos.
A omissão por parte da Polícia Militar do Distrito Federal durante os ataques levantou questionamentos sobre a falta de preparo e a possível influência política na corporação. O depoimento do ex-comandante da PMDF, coronel Fábio Augusto Vieira, poderá trazer mais informações sobre o envolvimento da polícia nos eventos do dia 8 de janeiro e em quais circunstâncias a omissão ocorreu.
A CPMI do 8 de Janeiro tem como objetivo apurar as responsabilidades dos envolvidos nos atos antidemocráticos e garantir que fatos semelhantes não se repitam no futuro. Os depoimentos do ex-comandante da PMDF e do ex-ministro do GSI são importantes passos para a elucidação dos fatos e para a responsabilização daqueles que contribuíram para a ocorrência dos ataques.