SENADO FEDERAL – Ex-assessor especial da Fazenda confirma suposto pedido de vantagem financeira por membros da CPI das Apostas Esportivas: depoimento à CPIMJAE



Na última terça-feira (2), durante seu depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas (CPIMJAE), o ex-assessor especial do Ministério da Fazenda, José Francisco Manssur, trouxe à tona informações preocupantes sobre um suposto pedido de vantagem financeira feito por membros da CPI das Apostas Esportivas da Câmara dos Deputados. De acordo com Manssur, o presidente da Associação Nacional de Jogos e Loterias, Wesley Cardia, teria relatado a solicitação de R$ 35 milhões feita pelo deputado Felipe Carreiras.

O depoimento de Manssur foi solicitado pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE) e revelou uma série de abordagens obscuras envolvendo a CPI das Apostas Esportivas. Manssur afirmou que orientou Cardia a não pagar nenhum valor solicitado e a relatar imediatamente qualquer pedido suspeito. A situação tomou uma proporção ainda maior quando girou em torno de possíveis crimes de corrupção passiva.

Durante o depoimento, Manssur defendeu a atuação do Ministério da Fazenda no controle e tributação das apostas online, ressaltando a importância da regulamentação desse setor que vinha crescendo sem nenhum tipo de controle. Ele também destacou a necessidade de criação de uma agência reguladora para monitorar e fiscalizar as apostas esportivas, a fim de evitar manipulações de resultados e evasão fiscal.

O ex-assessor especial também abordou a questão da evasão fiscal e a falta de controle sobre tributos de empresas de jogos sediadas no exterior, enfatizando a importância de que essas entidades prestem informações à Receita Federal para garantir a tributação justa dos ganhos obtidos.

O depoimento de Manssur na CPIMJAE trouxe à tona uma série de questões complexas envolvendo o mundo das apostas esportivas e a necessidade urgente de regulamentação e fiscalização rigorosa do setor. A criação de uma agência reguladora especializada, juntamente com a cooperação entre os órgãos de controle e fiscalização, torna-se fundamental para garantir a transparência e a integridade nesse mercado em expansão.

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