SENADO FEDERAL – “Estudo revela que crianças são as principais testemunhas de violência doméstica, segundo procuradora da Mulher do Senado”

A procuradora da Mulher do Senado, senadora Augusta Brito (PT-CE), destacou recentemente que um dos dados mais alarmantes da Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher, divulgada pelo DataSenado no final de novembro, revela que as crianças são as testemunhas mais recorrentes de situações de violência doméstica. Essa realidade expõe não apenas a gravidade do problema, mas também suas consequências para as futuras gerações. Ao verem um comportamento abusivo em casa, as crianças podem internalizar essa dinâmica e, possivelmente, replicá-la em seus próprios relacionamentos no futuro, perpetuando um ciclo de violência.

Além disso, a senadora comentou sobre a crescente incidência de denúncias relacionadas à violência psicológica, uma questão que, embora alarmante, possui um aspecto positivo. Segundo Brito, esse aumento revela uma amadurecimento da percepção das mulheres em relação à violência que sofrem, indicando que elas estão mais dispostas a reconhecer e denunciar abusos que muitas vezes passam despercebidos pela sociedade. A maior conscientização sobre a violência psicológica é uma mudança significativa que pode levar a um maior controle sobre suas próprias vidas e a busca por assistência.

Brito enfatiza que esses dados devem servir como um chamado à ação para as autoridades e a sociedade em geral. A luta contra a violência doméstica deve ser uma prioridade constante, e não apenas uma preocupação em momentos de maior visibilidade. Ela defende a implementação de políticas públicas eficazes, além de uma rede de apoio mais abrangente para as vítimas. Essa rede deve incluir não apenas serviços de saúde e assistência social, mas também programas educacionais que visem prevenir a violência e promover relações saudáveis entre as gerações mais jovens.

O cenário brasileiro exige uma atenção especial e o compromisso de todos os setores para erradicar a violência contra a mulher e proteger as crianças, que frequentemente ficam expostas a esse tipo de situação. A perspectiva da senadora sugere que, apesar dos desafios, o aumento das denúncias pode ser interpretado como um passo importante rumo à desconstrução de tabus e à conscientização social.

Sair da versão mobile