O estudo ressalta que, embora existam mecanismos para garantir a sustentabilidade financeira do SUS, o ritmo de crescimento apresentado pode gerar pressões insustentáveis sobre as finanças públicas. O resultado dessa situação pode ser uma eventual necessidade de reavaliação das políticas de alocação de recursos, levando em conta a importância vital da saúde na vida dos cidadãos brasileiros. O SUS não apenas é fundamental para o atendimento médico à população, mas também desempenha um papel crucial na prevenção de doenças, na promoção de saúde e na formação de uma sociedade mais saudável e produtiva.
A pesquisa da IFI fornece uma base importante para discutir a necessidade de reformas financeiras que possam viabilizar o financiamento adequado da saúde no Brasil, sem comprometer outras áreas essenciais, como educação e infraestruturas. Os desafios impostos pelo envelhecimento da população e pelo aumento do custo de tecnologias e medicamentos são fatores que devem ser considerados nas futuras estratégias de planejamento.
Diante desse cenário, a discussão sobre como garantir a efetividade e a eficiência do SUS se torna ainda mais urgente. As recomendações contidas no estudo podem servir como um guia para formuladores de políticas e gestores públicos, que enfrentam o imperativo de equilibrar as contas públicas enquanto garantem acesso universal a um sistema de saúde que atenda às necessidades de todos os brasileiros. A evolução das despesas em saúde é, portanto, uma questão que transcende números, refletindo diretamente no bem-estar da população e na capacidade do Estado em oferecer serviços essenciais.