Durante a sessão, os especialistas convidados apresentaram seus pontos de vista sobre a proposta de criação do Conselho Federativo. Alguns argumentaram que seria necessário uma análise mais aprofundada sobre sua configuração e funcionamento, levando em consideração os diferentes entes federativos. Além disso, houve questionamentos sobre a representatividade dos estados e municípios no conselho e como seria garantida a participação de todos nas decisões relacionadas à arrecadação dos impostos.
Os senadores Esperidião Amin e Jorge Seif se mostraram contrários à criação do órgão, expressando suas preocupações em relação à possível centralização do poder de decisão sobre a distribuição dos recursos arrecadados. Amin argumentou que, apesar de ser favorável a um maior diálogo entre os entes federativos, ele acredita que a criação do conselho poderia resultar em uma concentração de poder nas mãos de poucos.
Por outro lado, o relator da reforma tributária, senador Eduardo Braga, destacou que está avaliando a proposta com cautela, mas sugeriu que o Conselho Federativo poderia ser estruturado de forma semelhante ao órgão gestor do Simples Nacional, que tem representantes dos três entes federativos e é responsável pela administração dos impostos para micro e pequenas empresas.
A discussão em torno da criação do Conselho Federativo para a administração dos impostos arrecadados tem se mostrado complexa e despertado opiniões divergentes entre os parlamentares. A proposta é vista como uma forma de buscar uma melhor distribuição dos recursos e garantir uma maior representatividade dos estados e municípios nas decisões relacionadas aos impostos. No entanto, é necessário um amplo debate para encontrar uma solução que atenda aos interesses de todos os entes federativos e evite concentração de poder.
