SENADO FEDERAL – Escolas Devem Notificar Conselhos Tutelares sobre Violência, Automutilação e Suicídios, Aponta Nova Lei Sancionada por Lula.

A recente sanção da Lei 15.231 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva traz uma nova e importante responsabilidade para os estabelecimentos de ensino no Brasil. A legislação, publicada no Diário Oficial da União, determina que as escolas devem notificar os conselhos tutelares sobre casos de violência que ocorram em seu ambiente, com ênfase especial em situações que envolvam automutilação e suicídio.

Conforme estipulado pela nova norma, os conselhos tutelares das cidades terão acesso a informações cruciais relacionadas aos alunos, principalmente no que diz respeito à frequência escolar. As instituições de ensino precisarão relatar ao conselho casos de faltas que excedam 30% do permitido, além de comunicar todos os incidentes de violência que envolvam seus alunos. Essa medida visa criar um sistema de monitoramento mais eficaz e uma rede de apoio para os estudantes que se encontram em situações vulneráveis.

A inclusão dessas obrigações na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e na Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio sinaliza um avanço significativo nas iniciativas de proteção à saúde mental dos jovens. A norma pretende aumentar a conscientização sobre os problemas que afetam os estudantes e garantir que haja uma resposta adequada a situações críticas.

A proposta legislativa, que culminou na criação dessa lei, foi originada pelo PL 270/2020, de autoria da ex-deputada federal Rejane Dias, e obteve aprovação no Senado em setembro, com relatoria do senador Flávio Arns. A nova lei se insere em um contexto mais amplo de preocupações com a saúde mental da população jovem e a necessidade de medidas preventivas.

Além de garantir uma resposta mais ágil a situações graves, a legislação reflete uma mudança cultural que busca envolver não apenas as escolas, mas toda a sociedade na proteção e no bem-estar dos estudantes. Dessa forma, espera-se que a notificação aos conselhos tutelares não apenas inicie um processo de tratamento e apoio aos alunos que precisam, mas também que incentive um diálogo mais aberto sobre saúde mental dentro das instituições de ensino.

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