Rogatto confessou ter participado da manipulação de jogos de futebol em 42 times no Brasil e também em outros países, como a Colômbia. Ele destacou que o esquema de manipulação de jogos de futebol é extremamente lucrativo, comparando-o a atividades como política e tráfico de drogas. Segundo o empresário, o esquema existe há mais de 40 anos e envolve diversas figuras influentes no cenário esportivo.
Durante o depoimento por videoconferência à CPI, Rogatto se mostrou disposto a colaborar com as investigações, apresentando detalhes do funcionamento do esquema de manipulação. Ele afirmou que possui provas concretas, incluindo fotos, vídeos, negociações e gravações que comprovam a extensão do esquema.
Além disso, Rogatto admitiu ter enganado a presidente da Sociedade Esportiva de Santa Maria (DF), Dayana Nunes, ao rebaixar o time. A presidente do clube testemunhou na CPI e relatou como foi ludibriada pelo empresário, que se aproveitou de sua fragilidade emocional após a morte do marido.
Durante o depoimento, Rogatto mencionou a presença de políticos, árbitros e jogadores profissionais envolvidos no esquema de manipulação. Ele ressaltou que o sistema corrupto é abrangente e envolve diferentes esferas do futebol, desde clubes até confederações.
A revelação de Rogatto trouxe à tona a gravidade da manipulação de jogos de futebol e levantou questões sobre a integridade do esporte no Brasil. A CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas segue investigando o caso e promete desvendar mais detalhes sobre esse esquema ilegal que vem abalando o cenário esportivo nacional.