De acordo com o relatório, as exportações brasileiras para a República Dominicana, no ano passado, ultrapassaram US$ 1 bilhão, enquanto as importações foram de apenas US$ 29 milhões. Entre os produtos exportados, destacam-se as carnes de aves, produtos manufaturados e produtos químicos. O plano do Itamaraty é aumentar as exportações nos setores siderúrgicos, de veículos, máquinas e equipamentos, e material de construção, além de identificar outras possibilidades por meio de estudos de mercado.
A indicação de Perez foi elogiada também pelos senadores Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e Margareth Buzetti (PSD-MT), que ressaltaram a importância do incremento das exportações do agronegócio para o país caribenho, destacando que isso beneficiará especialmente as regiões sul e centro-oeste do Brasil, que já são grandes produtoras e exportadoras.
Durante a sabatina, Perez enfatizou que a República Dominicana é a maior economia da América Central e do Caribe e tem apresentado um crescimento médio de mais de 5% ao ano nas últimas três décadas. O país também vive um boom turístico, tendo recebido 7,2 milhões de turistas estrangeiros em 2022, mais que o Brasil. Estima-se que esse número chegue a 9 milhões em 2023.
A República Dominicana é o maior receptor de investimentos estrangeiros na região, alcançando um recorde de US$ 4 bilhões em investimento estrangeiro direto em 2022. As maiores fontes de investimento estão relacionadas ao setor de turismo. As projeções futuras para o crescimento econômico do país são otimistas, superando 5% após 2023, impulsionadas por reformas estruturais e esforços para melhorar o capital humano e atrair mais investimentos estrangeiros.
No entanto, o diplomata alertou para os riscos que a República Dominicana enfrenta no cenário externo, especialmente devido à guerra entre Rússia e Ucrânia, que pode ter consequências inflacionárias para o país, uma vez que importa petróleo, gás natural e cereais.
Apesar do avanço econômico, a República Dominicana ainda enfrenta desafios sociais, sendo um país profundamente desigual e com altos níveis de pobreza e desigualdade. A infraestrutura social é precária, a degradação ambiental é um problema e os indicadores de saúde e educação são baixos. A pandemia agravou ainda mais a situação, pois afetou o setor turístico, um dos maiores geradores de empregos no país.
A indicação de Carlos Luís Perez agora segue para análise pelo Plenário do Senado.