O Senado Federal promoveu debates e proposições que reforçam o compromisso com a educação profissional, científica e tecnológica. Durante uma sessão especial no Plenário do Senado, foi destacada a necessidade de priorizar o ensino técnico profissionalizante no Brasil. O senador Castellar Neto (PP-MG) ressaltou que essa modalidade de ensino não serve apenas para suprir as demandas do mercado de trabalho, mas também tem um importante aspecto social, possibilitando acesso rápido ao emprego e gerando renda para os jovens.
Um estudo realizado pelo Insper Instituto de Ensino e Pesquisa, financiado pelo Itaú Educação e Trabalho, aponta que triplicar as vagas de ensino médio técnico poderia elevar o PIB em 2,32%. Além disso, os trabalhadores com ensino técnico têm em média 32% a mais de renda do que aqueles com ensino médio tradicional, e a taxa de desemprego é 3 pontos percentuais menor para quem possui ensino técnico.
No entanto, o Brasil ainda está aquém de países desenvolvidos quando se trata de formação de profissionais técnicos. Enquanto na OCDE a média de participação dos estudantes que concluem o ensino médio é de 37%, no Brasil esse índice é de apenas 8%. O senador Izalci Lucas (PL-DF) destacou que o país é um dos que menos investem em educação técnica no mundo, o que reflete diretamente na qualificação da mão de obra brasileira.
Diante desse cenário, o governo tem se mobilizado para expandir a rede de ensino técnico no país, com a criação de 100 novos campi de institutos federais de Educação, Ciência e Tecnologia em todas as unidades da Federação. A Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica já conta com 685 unidades e 1,6 milhão de matrículas em quase 13 mil cursos.
Além disso, propostas legislativas buscam fortalecer ainda mais a educação profissional e tecnológica no Brasil. O PLP 121/2024, aprovado em agosto pelo Senado, cria o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag) para incentivar os estados a investirem na educação profissionalizante. Outros projetos em análise, como o PL 4.041/2023 e o PL 3.096/2024, também visam fortalecer a educação técnica no país.
Portanto, investir na formação de profissionais de nível técnico é fundamental para impulsionar o desenvolvimento do país, aumentar a empregabilidade dos jovens e garantir uma mão de obra qualificada para o mercado de trabalho. O Brasil precisa avançar na valorização da educação técnica e tecnológica, acompanhando as demandas do mercado e promovendo a inclusão social e o crescimento econômico.