As línguas de sinais são sistemas de comunicação que utilizam gestos, expressões faciais e movimentos das mãos para representar palavras e conceitos. Estima-se que existam mais de 300 línguas de sinais diferentes em todo o mundo, cada uma delas refletindo a cultura e as necessidades das comunidades que as utilizam. No Brasil, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) é reconhecida legalmente desde 2002 e tem suas raízes no século 19, quando começaram a surgir iniciativas para a criação de um sistema de comunicação mais acessível para surdos.
Em um cenário em que a inclusão é uma necessidade urgente, um projeto de lei em discussão no Senado brasileiro busca assegurar que todos os estudantes da educação básica tenham acesso ao ensino de Libras. Proposto pelo senador Jaime Bagattoli, o projeto (PL 2.062/2025) tem a intenção de transformar a Libras em um componente curricular obrigatório, permitindo que as futuras gerações compreendam e valorizem essa forma de comunicação.
Implementar a Libras no sistema educacional é um passo crucial para a inclusão social. Além de capacitar alunos ouvintes a se comunicarem efetivamente com seus pares surdos, essa medida também promove uma cultura de respeito e valorização da diversidade. A proposta destaca a necessidade de formar cidadãos mais conscientes e empáticos, capazes de atuar em uma sociedade que ainda enfrenta barreiras significativas em relação à acessibilidade.
O Dia Internacional das Línguas de Sinais, portanto, é um lembrete de que a luta pela inclusão das pessoas surdas é contínua e que ações concretas, como a aprovação do projeto de lei, são essenciais para garantir um futuro mais justo e equitativo para todos. O reconhecimento e a valorização das línguas de sinais representam não apenas uma questão de comunicação, mas também um avanço na construção de uma sociedade verdadeiramente inclusiva. Em tempos em que a diversidade é frequentemente celebrada, é fundamental lembrar que a linguagem é uma das ferramentas mais poderosas para a transformação social.