SENADO FEDERAL – Debatedores alertam para crise climática e desafios enfrentados por comunidades tradicionais em audiência no Senado.

Líderes indígenas, extrativistas e especialistas destacaram em uma audiência pública no Senado, realizada na quarta-feira (4), a disparidade dos impactos da crise climática sobre as comunidades tradicionais. O debate ocorreu durante uma reunião da Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas (CMMC), onde foi discutida a integração dos compromissos climáticos internacionais às políticas nacionais de justiça social e sustentabilidade.

A presidente da comissão, deputada federal Socorro Neri (PP-AC), conduziu o encontro e ressaltou a importância de transformar as demandas trazidas pelas lideranças em ações concretas. Para ela, o diálogo gerado nessa audiência é fundamental para promover mudanças significativas.

O senador Alessandro Vieira (MDB-SE) foi o responsável por apresentar o requerimento que originou a audiência, evidenciando a preocupação e o interesse do Congresso Nacional em debater questões tão relevantes para a sociedade.

Durante o encontro, especialistas e representantes comunitários ressaltaram a urgência de medidas para proteger as populações mais vulneráveis diante do cenário global de mudanças climáticas. Maria Aldete Fonseca, representante do Ministério do Desenvolvimento Agrário, destacou a importância da relação entre os povos tradicionais e a preservação ambiental, mencionando a necessidade de preparar essas comunidades para enfrentar eventos climáticos extremos.

Aldete alertou ainda para o atraso na implementação de compromissos como o Acordo de Paris, enfatizando a importância de colocar em prática as metas estabelecidas há quase uma década.

Os representantes das comunidades tradicionais expuseram os obstáculos enfrentados em seus territórios, destacando ameaças aos direitos territoriais e a necessidade de recursos para um manejo sustentável mais eficiente. A importância de incluir os jovens nas decisões climáticas também foi ressaltada, com a defesa de que eles tenham voz ativa nessas discussões e ocupem espaços de poder com autonomia e conhecimento.

Em resumo, a audiência pública no Senado foi marcada pela preocupação com as comunidades tradicionais diante dos desafios climáticos e a necessidade de ações concretas para protegê-las e garantir sua sustentabilidade a longo prazo.

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