O aumento das tarifas em questão refere-se à armazenagem, remoção e movimentação de cargas nos armazéns dos aeroportos, impactando tanto as cargas importadas quanto as destinadas à exportação. Esse aumento ocorreu após a adoção de novas regras pelas empresas concessionárias que controlam os aeroportos de Viracopos e Guarulhos, ambos localizados em São Paulo.
O senador Amin destacou que o aumento das tarifas foi abrupto e desproporcional, chegando a ter um acréscimo de 624% em operações de um dia e até 3.405% em alguns casos. Ele defende veementemente o fim dessa cobrança, ressaltando a importância da modicidade nas operações aeroportuárias.
Por outro lado, o superintendente de Regulação Econômica de Aeroportos da Anac, Renan Essucy Gomes Brandão, afirmou que a decisão que resultou no aumento das tarifas é legal e respaldada pelo contrato de concessão dos aeroportos de Viracopos e Guarulhos. No entanto, se comprometeu a buscar uma solução que concilie o respeito ao contrato de concessão e a estabilidade econômica de Joinville.
Na próxima semana, membros da Secretaria Nacional de Aviação Civil e da Receita Federal devem se reunir para discutir as tarifas em uma reunião solicitada pela empresa concessionária do aeroporto de Joinville. Uma possível solução apontada é a internacionalização do aeroporto de Joinville, o que poderia evitar o aumento das tarifas.
No entanto, o secretário de governo do município de Joinville, Gilberto de Souza Leal Junior, avalia que a internacionalização levaria muito tempo para ser implementada, impactando negativamente a economia local. Há preocupações também em relação ao aumento do tráfego na rodovia BR-101, caso as empresas migrem para outros aeroportos da região.
Diante dessas incertezas, é crucial encontrar soluções que conciliem os interesses das partes envolvidas para garantir a continuidade das operações aeroportuárias e o desenvolvimento econômico da região. A busca por alternativas que promovam um ambiente de negócios estável e favorável é essencial para o futuro do setor.