Damares Alves declarou que a criação do que ela chamou de “bet da Caixa” poderia ser considerada um dos maiores retrocessos morais e sociais da história contemporânea do Brasil. De acordo com a senadora, essa medida é contraditória e irresponsável, vindo de uma instituição pública que deveria estar comprometida com o desenvolvimento social e a inclusão financeira, e não com a exploração da fragilidade econômica da população de baixa renda. Para a senadora, a Caixa, uma entidade que tradicionalmente simboliza a confiança e a segurança financeira dos brasileiros, agora se vê envolvida em um setor que tem demonstrado potencial para criar sérios problemas, como o endividamento excessivo e a desintegração familiar.
O argumento da senadora também enfatizou a contradição das ações do governo federal. Para Damares, enquanto a administração atual se posiciona contra os efeitos prejudiciais das apostas on-line, ao mesmo tempo se transforma em um agente facilitador dessa prática, ao disponibilizá-la por meio de uma instituição que deveria favorecer o bem-estar da população. Ela alertou que essa mudança de postura poderia gerar confiança excessiva nas apostas, levando muitos, que anteriormente hesitavam em participar desse tipo de jogo, a se sentirem confortáveis ao fazê-lo por meio de uma instituição respeitada.
A senadora concluiu sua intervenção ressaltando a gravidade da situação. Segundo ela, a decisão da Caixa pode ser vista como uma tragédia anunciada, com implicações diretas para a sociedade, especialmente para aqueles que já enfrentam dificuldades financeiras e emocionais. Em sua visão, ao integrar apostas a uma instituição com boa reputação, corre-se o risco de disseminar uma cultura que ignora os riscos associados aos jogos, com sérias consequências para a saúde mental e a estabilidade das famílias brasileiras. A postura de Damares Alves reflete um crescente debate sobre as responsabilidades das entidades públicas na promoção do bem-estar social em face de práticas que podem ser prejudiciais à sociedade.
