A decisão de ouvir as testemunhas surgiu de um consenso entre os integrantes da CPMI e líderes tanto do governo quanto da oposição. Viana destacou que essa ação foi motivada pela falta de comprometimento demonstrada pelos investigados ao não comparecerem para depor, o que revela uma preocupação sobre a seriedade dos procedimentos legais.
O senador comentou que a convocação é uma resposta direta à postura dos advogados de Camilo e Camisotti, que optaram por não comparecer à sessão convocada anteriormente. Ele pontuou que a CPMI atua com a devida seriedade ao abordar a ausência dos réus, salientando a necessidade de esclarecer os fatos.
As testemunhas convocadas para a audiência incluem a esposa e sócia de Antunes, Tânia Carvalho dos Santos, seu filho, Romeu Carvalho Antunes, além de sócios da empresa de Antunes como Rubens Oliveira Costa e Milton Salvador de Almeida Júnior, além da esposa de Camisotti, Cecília Montalvão, e o advogado Nelson Willians, que possui conexões bancárias suspeitas com o empresário.
O relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar, disse que todos os convocados estão inicialmente na condição de testemunhas, embora essa classificação possa ser alterada conforme os depoimentos forem feitos. Ele enfatizou que a decisão de convocar os familiares e sócios é uma consequência das próprias escolhas feitas pelos investigados, ao envolver suas redes familiares nos esquemas fraudulentos.
Os depoimentos estarão focados em identificar os responsáveis pelas fraudes e aqueles que forneceram o suporte político necessário para que os atos criminosos ocorressem. O vice-presidente da CPMI, deputado Duarte Jr., reiterou que, apesar de algumas pessoas terem o direito constitucional de não se incriminar, a convocação para depor perante a CPMI é obrigatória, e a presença dos convocados é essencial para o devido processo investigativo, conforme estabelece a Constituição.