Rubens Oliveira Costa atuou como diretor financeiro nas empresas de Antunes, sucedendo Milton Salvador de Almeida, que já se apresentou à CPMI na mesma data. Durante seu depoimento, Salvador negou qualquer associação societária com Antunes, limitando-se a descrever sua função como um simples prestador de serviços, sem conhecimento das supostas fraudes.
A convocação de Rubens resulta de um pedido expresso em 11 requerimentos, incluindo uma solicitação do relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar. O relator mencionou, em seu pedido, a ligação de Costa com a Acca Consultoria Empresarial, uma das empresas que teria participado ativamente do esquema corrupto no INSS. Além disso, Costa é citado como sócio de pessoas que supostamente se beneficiaram de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões.
Alfredo Gaspar enfatizou a importância do depoimento de Costa para entender sua conexão com as investigações em andamento, argumentando que sua inclusão no processo é crucial para esclarecer os fatos. No depoimento anterior, Milton Salvador explicou que sua função se restringia ao gerenciamento das contas a pagar e a receber, sem ter ideia da extensão do esquema fraudulento. Ele disse que tomou ciência da situação apenas após a abordagem da Polícia Federal, momento em que decidiu romper seu vínculo profissional com Antunes.
A situação de Rubens Oliveira Costa complicou-se ainda mais quando ele, por meio de seus advogados, solicitou à CPMI ser ouvido como investigado. Ele argumentou que isso garantiria seus direitos constitucionais, como o direito de permanecer em silêncio. No entanto, essa solicitação foi indeferida pelo presidente da comissão, senador Carlos Viana, que sustentou que a decisão de ouvi-lo como testemunha era coletiva e não havia base legal para alterá-la.
Com o andar dos acontecimentos, a CPMI se mostra cada vez mais intensa em suas investigações, na busca por elucidar um dos maiores escândalos de fraudes previdenciárias já registrados no país. As declarações de Costa, quando finalmente ouvidas, poderão lançar mais luz sobre casos que abalam a credibilidade do sistema previdenciário brasileiro.