Investigação das Fraudes no INSS Aprofunda-se sob a Direção de Carlos Viana
O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, senador Carlos Viana, do Podemos de Minas Gerais, anunciou que as investigações estão entrando em uma fase crucial. Essa etapa visa identificar o núcleo político que sustentou as fraudes em descontos previdenciários que ocorreram ao longo de diversas administrações. A declaração foi feita na abertura da reunião da CPMI, ocorrida na quinta-feira, 6 de outubro, e surge em meio a críticas dirigidas à efetividade do trabalho da comissão por um editorial de um influente veículo de comunicação.
Viana enfatizou que a melhor resposta àquelas críticas é continuar a investigação com rigor e determinação, focando na obtenção de resultados que beneficiem aposentados e pensionistas que foram prejudicados. O senador ressaltou que, embora os detalhes operacionais das fraudes já estejam bem traçados, a tarefa mais complexa é localizar e responsabilizar o núcleo político envolvido. Ele desafia os críticos a reconhecer o trabalho da CPMI pelos resultados, não apenas por palavras.
Durante a reunião, um episódio de tensão também se destacou. O vice-presidente da CPMI, deputado Duarte Jr., solicitou proteção após relatar ter recebido ameaças do deputado estadual Edson Araújo, também do PSB do Maranhão. Duarte Jr. registrou um boletim de ocorrência na Polícia Legislativa após uma discussão acalorada, onde Araújo, segundo ele, teria feito comentários ameaçadores sobre uma investigação relacionada à movimentação de grandes quantias de dinheiro de aposentados.
A CPMI está programando uma série de depoimentos relevantes. O primeiro deles ocorrerá na segunda-feira, 10 de outubro, com Igor Dias Delecrode, ex-presidente da Associação de Amparo Social ao Aposentado e Pensionista. Essa associação, segundo investigações da Polícia Federal, teria sido parte de um esquema que movimentou irregularmente valores obtidos por descontos indevidos em benefícios previdenciários.
As próximas semanas prometem trazer novos depoimentos, entre eles, uma série de ex-funcionários e associados a organizações investigadas, com o objetivo de desmantelar uma rede de fraudes e responsabilizar todos os envolvidos no esquema. O desfecho da CPMI está agendado para 4 de dezembro, momento em que espera-se que as investigações produzam resultados significativos e respostas claras à sociedade.
