A falta de reuniões foi lamentada pelo senador Izalci Lucas (PSDB-DF), que ressaltou a importância de dar continuidade aos trabalhos e cumprir o cronograma estabelecido. Izalci destacou que, mesmo a investigação tendo previsão de encerramento em novembro, ainda há muitos depoentes convocados para serem ouvidos e requerimentos a serem votados. Para o senador, é imprescindível que a comissão siga atuante e diligente na busca pela verdade.
Enquanto o presidente da CPMI justificou a ausência de reuniões, a relatora Eliziane Gama (PSD-MA) demonstrou otimismo ao afirmar que espera uma sessão deliberativa para os próximos dias. Segundo Gama, nessa sessão serão discutidos e votados pedidos de documentos e acareações, a fim de fortalecer as investigações e avançar nas apurações.
A CPMI do 8 de Janeiro tem como objetivo esclarecer os eventos ocorridos no Capitólio dos Estados Unidos em 6 de janeiro deste ano, quando apoiadores do então presidente Donald Trump invadiram o prédio do Congresso americano. O ataque resultou em mortes, feridos e danos materiais.
No Brasil, a comissão foi instaurada para investigar possíveis conexões entre grupos ou indivíduos brasileiros e o planejamento, coordenação ou financiamento dos atos que ocorreram nos Estados Unidos. A finalidade é apurar se houve envolvimento de brasileiros no ataque e avaliar medidas de prevenção e segurança interna.
Desde sua instauração, a CPMI tem contado com diversas reuniões, com a oitiva de testemunhas, especialistas e autoridades. Além disso, foram aprovados requerimentos de convocação e diligências para esclarecer os fatos e buscar respostas para as questões levantadas.
A não realização de reuniões nesta semana pode ser vista como um entrave para a continuidade dos trabalhos e um possível atraso na conclusão das investigações. Diante disso, é fundamental que a CPMI retome suas atividades o mais breve possível, garantindo a transparência e a efetividade das apurações.