SENADO FEDERAL – CPMI do 8 de Janeiro busca ouvir comandantes das Forças Armadas sobre suposto plano golpista de Bolsonaro.



Nesta segunda-feira (25), a relatora da CPMI do 8 de Janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), anunciou que a expectativa é aprovar, na terça-feira (26), requerimentos relacionados a uma reunião em novembro de 2022 em que o então presidente Jair Bolsonaro teria discutido a possibilidade de um golpe com os comandantes das Forças Armadas. De acordo com Eliziane, a intenção é ouvir os então comandantes da Marinha, almirante Almir Garnier; do Exército, general Freire Gomes; e da Aeronáutica, brigadeiro Baptista Júnior.

“Ao entrarmos na reta final, temos que ouvir os comandantes das Forças Armadas. Eles tiveram um papel central nesse debate. As informações que chegam são absolutamente graves. É vital que possamos ouvir os três comandantes nessa reta final”, afirmou Eliziane após reunião da base governista.

O suposto encontro em que a possibilidade de um golpe teria sido discutida foi relatado por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, em sua delação premiada. Segundo Cid, o almirante Almir Garnier teria manifestado apoio a um plano golpista.

Além disso, a senadora defendeu a aprovação de requerimentos para a quebra de sigilo de suspeitos de financiar o ataque aos Três Poderes. Essa postura reforça a importância da investigação para elucidar a responsabilidade sobre o ocorrido.

Logo após a entrevista coletiva da senadora Eliziane Gama, o ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu que o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno deverá comparecer à CPMI do 8 de Janeiro, mas não será obrigado a responder às perguntas. A reunião para ouvir o ex-ministro está marcada para esta terça-feira (26), às 9h.

A defesa de Augusto Heleno havia pedido sua dispensa, alegando que o general foi convocado a depor como testemunha, mas é alvo de acusações nos requerimentos de convocação e, portanto, deveria ser tratado como investigado. No entanto, o ministro Zanin entendeu que Heleno falará como testemunha, com o direito ao silêncio e à garantia de não se autoincriminar diante de perguntas que possam prejudicá-lo.

A senadora Eliziane também informou que a comissão está entrando na reta final e que ela deve entregar o relatório em 17 de outubro. A CPMI do 8 de Janeiro tem a responsabilidade de investigar os acontecimentos envolvendo o ataque ao Capitólio brasileiro e apurar as possíveis responsabilidades dos envolvidos.

Este momento é de extrema importância para o país, pois são investigadas ações que colocam em risco os pilares da democracia e a harmonia entre os Poderes. A população aguarda ansiosamente por respostas e por uma apuração imparcial e efetiva dos fatos.

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