Durante seu depoimento, o advogado relatou que sua investigação inicial revelou rapidamente a magnitude do problema. Em um período de apenas três meses, ele conseguiu identificar tanto a autoria dos crimes quanto a materialidade das fraudes, sugerindo que a prática poderia estar gerando perdas bilionárias para os aposentados e, por extensão, para o próprio sistema previdenciário do país.
Cohen detalhou que o esquema operava à revelia das leis e direitos dos beneficiários, violando normas que deveriam assegurar a integridade financeira dos aposentados. A complexidade das fraudes, que envolvem não apenas a manipulação de informações, mas também a ação de intermediários, traz à tona a necessidade urgente de medidas de fiscalização mais efetivas no INSS.
O advogado enfatizou a importância de dar maior transparência ao sistema de aposentadorias e de implementar mecanismos que evitem a ocorrência de tais fraudes. Ele argumentou que a proteção dos direitos dos aposentados deve ser uma prioridade, além da responsabilização daqueles envolvidos no esquema.
A CPMI tem como objetivo principal investigar as irregularidades relacionadas ao INSS e buscar formas de aprimorar a legislação vigente para proteger os cidadãos que dependem do sistema previdenciário. A audiência com Eli Cohen é uma etapa significativa nesse processo, pois suas observações podem trazer à luz novas evidências e direcionar ações futuras que visem coibir fraudes e garantir segurança aos beneficiários.
A expectativa é que os trabalhos da comissão levem a uma reformulação das práticas atuais, assegurando que os direitos dos aposentados sejam respeitados e que os responsáveis pelas fraudes sejam punidos, restabelecendo a confiança no sistema previdenciário nacional.