Com o apoio de outros 30 senadores, o requerimento foi lido em Plenário no dia 8 de outubro e agora chega à fase de eleição do presidente, vice-presidente e relator do colegiado. A expectativa é que a CPI conte com 11 titulares e 7 suplentes, com um prazo de 130 dias para concluir suas investigações e um limite de despesas de até R$ 110 mil.
Além de analisar a influência das apostas on-line no orçamento das famílias, a comissão também irá se debruçar sobre a possível relação das empresas do setor com organizações criminosas, práticas de lavagem de dinheiro e o uso de influenciadores digitais para promover essas atividades. A senadora Soraya Thronicke destaca a suspeita de que os softwares utilizados nos jogos sejam programados para beneficiar as empresas e prejudicar os apostadores.
Não é a primeira vez que o tema das apostas e jogos de azar é alvo de investigações no Senado. A CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, presidida pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO) e tendo como relator o senador Romário (PL-RJ), teve seu prazo prorrogado até fevereiro de 2025. O foco dessa outra comissão é apurar denúncias de manipulação de resultados no futebol brasileiro, envolvendo jogadores, dirigentes e empresas do ramo.
Diante desses desdobramentos, a sociedade aguarda atentamente os desdobramentos da CPI das Bets e da CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, na esperança de que essas investigações tragam mais transparência e integridade ao setor de apostas no Brasil.