A polêmica surge em torno do aplicativo de apostas Fortune Tiger, conhecido como “jogo do tigrinho”, que foi desenvolvido pela empresa PG Soft, situada em Malta. No entanto, a empresa One Internet Group (OIG), de propriedade de Oliveira Lima, é apontada como a principal responsável por divulgar o jogo para o público brasileiro. O senador Izalci Lucas (PL-DF), autor de alguns requerimentos, destaca que a empresa de Lima é suspeita de facilitar operações de apostas online, levantando preocupações sobre possíveis práticas ilícitas e lavagem de dinheiro.
Além do depoimento de Fernando Oliveira Lima, a CPI das Bets também poderá ouvir autoridades de Pernambuco que estão envolvidas no combate ao jogo do bicho e às apostas esportivas online, como Alessandro Carvalho Libório, Paulo Gustavo Gondim Borba Correia e Renato Márcio Rocha Leite. Essas convocações visam esclarecer investigações em curso, como a Operação Integration, que visa desmantelar esquemas ilegais de apostas e jogos de azar.
A senadora Soraya Thronicke demonstrou preocupação com a participação de artistas e influenciadores digitais na expansão do mercado de apostas no Brasil. Ela alertou para os perigos que esses jogos representam para a saúde dos brasileiros e a economia do país, ressaltando que é preciso regular e fiscalizar esse setor de forma adequada.
A CPI das Bets está em andamento desde novembro e tem como objetivo investigar a influência das apostas online no orçamento das famílias brasileiras e possíveis associações com organizações criminosas. Os trabalhos do colegiado devem seguir até abril do próximo ano, com a responsabilidade de apurar condutas ilícitas e propor melhorias na regulamentação desse mercado.