Além do pedido de indiciamento de Tolentino, Romário também solicita a responsabilização dos empresários William Pereira Rogatto e Thiago Chambó Andrade por crimes relacionados à manipulação de resultados. O empresário Bruno Lopez, que admitiu participação em manipulação de jogos, não foi indiciado devido a um acordo firmado com o Ministério Público.
O relatório destaca a ligação dos recentes escândalos de manipulação de competições com apostas em eventos isolados, especialmente envolvendo atletas renomados. De acordo com Romário, as apostas pontuais facilitam manipulações por parte de apostadores e grupos criminosos, sem impactar necessariamente o resultado da partida. Por isso, o senador defende a restrição dessa atividade e recomenda que as entidades esportivas informem os atletas sobre a legislação vigente e possíveis punições.
O documento final da CPI propõe uma emenda constitucional e três projetos de lei para combater a manipulação de jogos. Dentre as medidas sugeridas, destaca-se a obrigatoriedade do comparecimento de cidadãos em CPIs, com a possibilidade de uso de força policial, além do aumento da pena para o crime de fraude em eventos esportivos e a criação de medidas de desestímulo ao jogo e advertências sobre seus malefícios.
O relatório também prevê o compartilhamento de toda a documentação produzida pela CPI com a Polícia Federal e o Ministério Público da União, bem como outras instituições governamentais, para garantir a continuidade das investigações e a tomada de medidas específicas em cada área relacionada. A previsão é de que essas iniciativas contribuam para coibir a manipulação de jogos e apostas esportivas, promovendo a integridade e transparência no cenário esportivo.