A convocação dos dois executivos atende a requerimentos apresentados pelo presidente da CPI, senador Omar Aziz, e pelo relator, senador Rogério Carvalho. A presença do vice-presidente da Braskem foi justificada pelo fato de ele ser considerado o profissional mais adequado para oferecer respostas aos questionamentos da comissão, visto sua extensa experiência de mais de 27 anos na empresa, ocupando atualmente o cargo de vice-presidente executivo.
No entanto, o vice-presidente da Braskem já tomou medidas legais em relação à sua oitiva, acionando o Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir seu direito ao silêncio durante o depoimento. Enquanto isso, o engenheiro Paulo Roberto Cabral de Melo, que também será ouvido pela CPI, tem um histórico controverso, com quebras de sigilo e investigações da Polícia Federal relacionadas ao afundamento do solo em Maceió.
Após as oitivas, a CPI da Braskem terá uma reunião deliberativa para votar um requerimento que autoriza a participação de mais um servidor do gabinete da presidência da comissão em inspeções nos bairros afetados pelo desastre. A investigação, solicitada pelo senador Renan Calheiros, visa apurar a responsabilidade jurídica e socioambiental da Braskem no afundamento do solo em Maceió, causando prejuízos à população local.
Com tantas questões em jogo e personalidades importantes sendo convocadas para depor, a CPI da Braskem promete continuar sendo um ponto de discussão relevante na pauta política do país, com desdobramentos imprevisíveis à medida que novas revelações vêm à tona. A população aguarda ansiosamente por respostas e esclarecimentos sobre um dos maiores desastres ambientais da história recente do Brasil.