A proposta, que recebeu apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ganhou destaque após o senador Jorge Kajuru manifestar a necessidade de regulamentar esse tipo de aposta para evitar possíveis manipulações em partidas de futebol. Segundo Kajuru, a proibição desses tipos de apostas poderia ser uma medida eficaz para coibir fraudes no esporte.
No entanto, especialistas do setor alertaram para possíveis consequências negativas caso essa proibição seja implementada. Para André Pereira Cardoso Gelfi, presidente do Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR), a inclusão de restrições na regulamentação do mercado poderia abrir brechas para operações ilegais e levar os apostadores brasileiros a investirem em sites estrangeiros.
Durante a sessão da CPI, o senador Romário ressaltou a importância de se combater as manipulações em eventos esportivos, mas questionou a eficácia de medidas restritivas. Ele levantou a questão de que é mais fácil manipular um evento isolado, como um pênalti, do que uma partida inteira.
O secretário nacional de Apostas Esportivas e Desenvolvimento Econômico do Esporte, Giovanni Rocco Neto, destacou a publicação de portarias que estabelecem regras e condições para a exploração comercial das apostas esportivas. Ele enfatizou a importância de ações rápidas para coibir sites ilegais e proteger os apostadores.
Outros pontos discutidos durante a sessão da CPI incluíram a possibilidade de criação de uma agência reguladora para o setor e a definição de regras mais rígidas para a publicidade de apostas. Romário expressou preocupação com a falta de um órgão centralizador para controlar o mercado de forma eficiente e ágil.
Com essas discussões em pauta, a CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas busca encontrar soluções eficazes para combater fraudes e proteger a integridade das competições esportivas no Brasil. A regulação do mercado de apostas é um tema complexo que envolve diversos atores e interesses, e as decisões tomadas terão impacto direto na indústria do jogo no país.
